sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O artista na Rua/ Antônio Carlos em "O Grito"


Milhares de pessoas caminham pelas ruas das cidades, todos os dias, por varias partes do mundo.
Pessoas e seus pensamentos, trabalho, diversão, problemas, sonhos e metas a ser alcançadas. A neurose da cidade grande, o medo, a desconfiança geral e portanto pouca comunicação de verdade. A fuga: Todos se escondem e correm pra algum ponto, algum lugar ou mesmo algo inventado dentro da própria mente, um oásis na cabeça( isto pra quem ainda é criativo num mundo onde todo mundo passa olhando pra sua telinha do celular). São Paulo não tem praia, pouco verde, muito concreto e milhares de carros. Nas minhas viagens cada vês mais frequentes pelas ruas e becos de New York( o boneco do Mapa do Google) percebo que tudo aquilo parece mais vivo, cores, arvores, o Times Square, pessoas ligadas no barato daquelas enormes propagandas nos prédios de mais de 30 andares. Tem bancos ao longo de vários caminhos pras pessoas pararem e dar um tempo, ficar de “bobeira”, olhando e descansando o corpo e a mente.. Parece que é de “verdade”, uma cidade para as pessoas, o contrario de São Paulo onde pelo menos eu tenho quase sempre a impressão que é um lugar onde a arquitetura tomou um rumo pra que as pessoas não parem muito, somente circulem, trabalhem bastante pra riqueza de poucos e voltem para os seus lares, longe, para dormir e no outro dia fazer tudo novamente.
Li um artigo num jornal onde um arquiteto conhecido falava sobre a influencia da arquitetura na cidade, na vida das pessoas e na política e de como se podia mudar uma cidade rapidamente através disto . Logo depois de um tempo, ainda na gestão passada vi bancos sendo colocados nas praças com um ferro no meio para que as pessoas não deitassem, vi muitas arvores sendo podadas na Av. Paulista para que a área ficasse mais “limpa” pra que nada se escondesse, nenhum banco pra sentar, pelo contrario ao longo de um canteiro central, uma quina dura pra afugentar quem por ali tivesse a “ousadia” de sentar. A hipocrisia disto tudo é quando vejo alguns comerciais na TV onde procuram locais e encenam coisas que não faz parte da cultura local . Isto sem falar na quantidade de pessoas brancas com traços europeus para que isto se pareça com outro mundo( apesar que vi isto também em vários países aqui próximos, alguns com uma população de maioria de origem indígena mas que nas propagandas e telenovelas o padrão era Europeu..) Pra mim São Paulo ainda sobrevive, tem um pouco de saúde apesar de tudo, graças a boa parte das pessoas desta cidade, gente que sempre esta fazendo algo e transformando o que pode, inventando e também graças aos loucos”, artistas de rua, artesãos, pessoas que improvisam num simples passeio de domingo, outro dia vi uma bailarina na calçada tirando fotos e uma garotinha brincando com o efeito do vento que vinha das grades do metro, um adolescente misto de punk e glitter com cabelo rosa e uma camiseta escrito: I love... e o resto da frase algo assim como esquizofrenia ou algo parecido. Usando uma frase de Jeck Kerouac: “Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam”.
Um desses personagens de São Paulo, um desses “loucos” que transformam a vida das pessoas que passeiam pelas calçadas aos domingos na Av. Paulista é um ator, seu nome é Antônio Carlos Teixeira, já participou de vários comerciais famosos de TV e também teve participações em novelas e filmes, ao lado de muita gente conhecida da telinha e atualmente desenvolve o seu trabalho na rua; Uma performance- intervenção inspirada no quadro “ O Grito” (1893), do pintor noruêgues Eduard Munch. O seu trabalho mistura a técnica da estatua viva com citações de poesia e o principal que na sua intervenção com o publico, que acontece a todo momento o improviso é o que faz o seu trabalho ser diferente do que tenho visto na maioria das ruas da cidade. As pessoas param pra tirar fotos, colocar dinheiro no chapéu e recebem em troca a atenção e poesia na dosagem certa. É muito diferente e interessante, algumas pessoas no inicio se assustam com o personagem parado no muro do Casarão em ruínas da Paulista, outras se divertem e param pra ouvir os poemas, teve uma criança que passou olhou e comentou com o paí que não valeu porque estatua não se mexe, claro que o garoto de uns 6 anos pensa que o trabalho que Antônio Carlos faz é o mesmo das estatuas vivas.
Uma das qualidade das mais importantes que uma pessoa pode ter, pra mim, é a honestidade, não falo da honestidade ligada a moral convencional, que foi colocada goela abaixo pra você nas escolas, igrejas, dentro da sua própria casa. Isto tem a sua importância na sua formação, mas talvez eu esteja falando de outra coisa, da verdade relativa da sua curta existência no planeta, a sua verdade, ser dono dos seus movimentos, a maioria dos pensamentos, vontade e aí o seus limites e respeito com o outro. Disto tudo, as suas atitudes se somam a outras tantas para formar o que chamamos de mundo. Antonio Carlos costuma nas sua conversas falar que um dos problemas do mundo, simplesmente é a falta de amor e no seu caso a honestidade que demonstra, mais a entrega, corpo e alma que faz na sua performance, forma algo parecido como uma entidade junto com o publico nestes domingos no muro do Casarão da Paulista, colaborando por um breve momento  que o mundo se torne melhor.
Eu vendo artesanato na rua, não sou artista mas faço parte deste movimento há muito tempo, estive vagando pela América do Sul, atravessei o deserto do Atacama de carona pela Pan Americana, bêbado por uns 15 dias em Cusco no Peru, Colômbia, Manaus e 10 anos nas praias do Nordeste, Fortaleza. A ideia inicial era chegar na Califórnia, São Francisco mas quem manda na estrada é o vento e depois deste giro,  já a pelo menos 17 anos estou de volta as ruas de SP, Teodoro Sampaio e Augusta e por ultimo dei a sorte de baixar a minha “nave”, as peças de artesanato, na Av. Paulista, no muro da velha mansão; O casarão da Paulista onde o ator Antônio Carlos tambem desenvolve o seu trabalho. Entre a luta pela sobrevivência de vender artesanato eu ainda posso ver a performance de O Grito e ainda assistir ao grande espetáculo que acaba se tornando a Av. Paulista aos domingos, com as cores que invadem a avenida, com os artistas, artesãos, pessoas de todas as partes do mundo, até os prédios que durante a semana parecem mais cinza, neste dia mudam de cor. Em frente ao casarão no entardecer com o sol se pondo e o acender das luzes, um conjunto de prédios na minha frente refletem uma cor de piscina, mar, por causa do efeito dos vidros espelhados.
 SP estava tomando um rumo repressivo, a arte na rua estava proibida e tivemos que correr muito da policia enquanto buscávamos uma solução por meio da politica. Agora finalmente foi aprovada a lei dos artistas de rua que permite o nosso trabalho sem termos que fugir como bandidos da Policia Militar. Ao contrario da era “Feudal” que acabamos de passar, parece que a Prefeitura deve seguir investindo nesta ideia que faz bem pra todo mundo que é simplesmente a arte na rua e com isto a cidade se transforma em um lugar pra se viver e não somente pra que pessoas caminhem apressadas, com medo das outras( Vanderlei)
 

Foto - Marcos Xavier Dias
Performance-Intervenção

Foto - Marcos Xavier Dias


Performance-intervenção do ator Antônio Carlos Teixeira. Inspirada no quadro "O Grito" (1893), do pintor norueguês Edvard Munch, que está no museu de Oslo, um dos ícones do expressionismo. O trabalho consiste numa mistura da técnica de estátua viva com textos teatrais e aforismos de diversos autores; entre eles: André Breton, Antoine de Saint-Exupéry, Bertolt Brecht, Campos de Carvalho, Clarice Lispector, Friedrich Nietzsche, Johnny Depp (ator), Violeta Parra, William Shakespeare, e outros de autoria desconhecida. A estátua é sugerida, não pela textura, mas pelo lúdico: a imobilização extrema, o rosto, as mãos e os pés brancos como o mármore (recobertos de maquiagem branca). Há uma provocação simbólica de autoprojeção na figura paralisada, de boca aberta na expressão de um grito. Como se a figura representada, que grita seu grito existencial e silencioso, fosse espelho do "outro", do transeunte, do seu semelhante. Na aproximação de espectador(es) e/ou ao ouvir o tinir das moedas ou perceber o voo das notas em direção ao fundo do chapéu, a paralisação da estátua é quebrada pela verborragia da poesia, a filosofia é pretensiosamente instaurada. E em algum ponto literal de um texto ou frase, onde ator e interlocutor(es) respiram e pairam o olhar, a paralisação da estátua viva é retomada lentamente até a posição inicial, e, contraditoriamente, imponente com o seu figurino fragmentado (de retalhos) e colorido, com as cores expressionistas como a tela de Munch. E é como se a figura apresentada, todos ali e tudo ao seu redor compusessem uma releitura do quadro. 

"O GRITO é de Edvard Munch, é meu, é SEU, é dele, é dela. O GRITO é de todos nós." - diz a estátua viva, mais do que viva!


Texto:    Antônio Carlos Teixeira

Revisão: Daniel Rech Vêga

O Ator.

Antônio Carlos Teixeira, carioca, freqüentador assíduo de São Paulo há mais de dez anos, sendo que nos últimos quatro anos, resolveu assumir a capital como cidade residente. De formação teatral, fez parte da Cia F... Privilegiados no Rio de Janeiro, fundada e dirigida por Antônio Abujamra, adquirindo forte influência Brechtiana, herdada do mestre e diretor, que sempre demonstrara em seus trabalhos. Circulou um pouco por televisão e cinema. Participações em diversas produções da Rede Globo: “Caras & Bocas”, “Beleza Pura”, “Sítio do Picapau Amarelo”, “Sob Nova Direção”, “Minha Nada Mole Vida”, dentre outras; HBO e produtora Mixer: “O Negócio”; propagandas: Postos Ipiranga, Claro Telefonia, Cerveja Kaiser, VR Refeição, Banco da providência, Dupla Sena, Associação Brasileira de Propaganda, Cartão Visa, Unimed, sandálias Havaianas e outras; cinema: “A Mulher Invisível”, “Entre Macacos e Anjos” (em pós-produção) e Zico, o Filme.


Texto:    Antônio Carlos Teixeira
Revisão: Daniel Rech Vêga
Vídeos de trabalho:http://br.youtube.com/AntonioCarlosbook








Arte na Rua

"Qual é a sua estrada, homem? - a estrada do místico, a estrada do louco, a estrada do arco-íris, a estrada dos peixes, qualquer estrada... Há sempre uma estrada em qualquer lugar, para qualquer pessoa, em qualquer circunstância. Como, onde, por quê?"
Jack Kerouac





Antônio Carlos Teixeira
 
Carmina Burana/ O Fortuna    Carl Orff

Oh, fortuna,
Variável como o
Estado da lua,
Sempre crescendo
Ou decrescendo;
Vida detestável
Agora oprime
Depois alivia
Brinca com o desejos das mentes,
Pobreza,
Poder
Dissolves como gelo.


Destino monstruoso
E vazio,
Tu, roda volúvel,
és malevolente,
Bondade em vão
Que sempre leva a nada,
Obscura
E velada
Também me amaldiçoaste;
Agora - por diversão -
Trago o dorso nu
à tua vilania.


O destino da saúde
E virtude
Me é contrário,
Dás
E tiras
Sempre escravizando;
Então agora
Sem demora
Tange essa corda vibrante;
Já que o destino
Extermina o forte,
Chorais todos comigo.

A origem de Carmina Burana:http://www.das.ufsc.br/~sumar/perfumaria/Carmina_Burana/carmina_burana.htm

O casarão

Balada do Louco - Os Mutantes (Video clip)Daniel Cruz886

 




domingo, 18 de agosto de 2013

População reconhece que mídia representa os donos e os que tem mais dinheiro

População reconhece que mídia representa os donos e os que tem mais dinheiro

publicado em 17 de agosto de 2013 às 18:54( Viomundo)    





Pesquisa revela que 43% não se reconhece em programação de TV
sab, 17/08/2013 – 12:00
Por Cecília Figueiredo, da Fundação Perseu Abramo
A Internet vem ganhando a preferência da população como veículo para se informar sobre a cidade, o Brasil e o mundo. Apesar de empatar em 43% com os jornais impressos, em meio habitual de informação, na soma de portais, blogs e indicação de amigos nas redes sociais virtuais, a Internet ultrapassa o impresso. Estes são alguns dos indicadores da pesquisa “Democratização da mídia”, realizada pelo Núcleo de Estudos e Opinião Pública (Neop) da Fundação Perseu Abramo (FPA) e apresentada na última sexta-feira, 16, em São Paulo.
De acordo com o estudo, realizado entre 20 de abril e 6 de maio deste ano, que ouviu 2.400 pessoas acima dos 16 anos, que vivem em áreas urbanas e rurais de 120 municípios distribuídos nas cinco regiões do Brasil, 82% assistem diariamente a TV aberta, mas quase a metade (43%) disse não se reconhecer na programação difundida pelo veículo e 25% se veem retratados negativamente, contra 32% positivamente. “A TV tem maior uso da população, mas o rádio tem maior alcance em cidades mais distantes”, informou o coordenador da pesquisa, Gustavo Venturi, coordenador do Neop.
71% é a favor de regras para concessão pública
Venturi informou que sete em cada dez brasileiros/as não sabem que as emissoras de TV aberta são concessões públicas. “Para 60% são empresas de propriedade privada, como qualquer outro negócio”, acrescentou o sociólogo na apresentação. “Mesmo assim”, ele salientou que, “71% da população é favorável a que haja mais regras para se definir a programação veiculada”.
Ao ser aventada a hipótese de existir mais regras para a programação e publicidade na TV, a maioria dos entrevistados/as (46%) disse preferir o controle social de um “órgão ou conselho que represente a sociedade”, do que a auto-regulamentação (31%), como ocorre hoje, e quase 1/5 declarou ser favorável a um controle governamental (19%).
A maioria dos entrevistados afirmou também que a TV costuma dar mais espaço para os empresários (61%) que para os trabalhadores (18%), considera que o noticiário veiculado é quase só de São Paulo e Rio de Janeiro (44%), e acredita que oferece uma programação para crianças e adolescentes que é antes negativa (39%) que positiva (27%) para sua formação. “11% dos entrevistados discordam que a mídia é imparcial”, destacou o pesquisador. Enquanto 65% relativizaram a confiança na “parcialidade e neutralidade” das informações, somente 21,9% acreditam que a mídia exponha os fatos sem privilegiar um lado.
Quanto ao tratamento da televisão aos problemas do Brasil, a percepção da maioria (56,7%) é que é menor do deveria. Sobre a diversidade, 54% acham que a TV não mostra muito a variedade do povo e 22% observam uma invisibilidade. Não muito diferente está a percepção dos entrevistados sobre a realidade nos conteúdos veiculados pela TV: 51% acham que é mostrada apenas parte e 23% opinaram que não é mostrada.
A maioria dos entrevistados/as também considera que a TV retrata as mulheres às vezes (47%) ou quase sempre (17%) com desrespeito, assim como desrespeita os nordestinos às vezes (44%) ou quase sempre (19%), e ainda a população negra ( 49% e 17%, respectivamente) – sendo esta retratada menos do que deveria (52%).
Especificamente para a publicidade de bebidas alcoólicas, quase a totalidade (88%) apoia mudanças na legislação, seja seu banimento da TV (44%), seja sua restrição a “horários noturnos e de madrugada” (44%).
Base para o debate público
Joaquim Soriano, diretor da FPA, que coordenou o evento, ao lado de Gustavo Venturi, do departamento de Sociologia da USP, e Vilma Bokany, do Neop, foi parabenizado pelos participantes em nome da Fundação, pela iniciativa. “Esse estudo fortalece o trabalho do movimento em favor da regulação da mídia, abre caminho para novos estudos e sela um compromisso com todos e todas que lutam pelo direito à comunicação”, reiterou Rita Freire, da Ciranda da Comunicação e representante do Conselho Curador da EBC.
Na avaliação do jornalista da FPA, Daniel Castro, pesquisa aponta a necessidade de discutir o papel da mídia pública na sociedade.
Laurindo Lalo Leal Filho, sociólogo e professor de Jornalismo da ECA-USP, também atentou para a necessidade de ampliar a difusão do estudo. “Pela importância que tem, e obviamente essa pesquisa não será divulgada pela grande mídia, faremos um Ver TV na próxima semana”, anunciou Lalo, referindo-se ao programa transmitido pela TV Brasil. A ele também se somou Beá Tibiriçá, do Coletivo Digital, “me proponho a passar por um treinamento da Fundação e apresentar a pesquisa em outros estados”.
“Mesmo não tendo compreensão de que se trata de uma concessão pública, a população defende regras”, comentou o jornalista Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Impressionado com os dados da pesquisa, ele sugeriu que se defenda legislação informando à população que “TV é concessão pública”.
Na avaliação de Renata Mielle, coordenadora do Barão de Itararé e do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), a pesquisa é “contribuição inestimável”. Possibilitará, avalia Miro Borges, sair do “achismo”. “Agora a gente começa a ter bases mais sólidas para o debate público”, complementa Pedro Ekman, do Intervozes.
No encerramento do evento, transmitido pelo portal “Conversa Afiada”, comandado pelo jornalista Paulo Henrique Amorim, e acompanhado por aproximadamente 500 internautas pela tevê FPA, em plena sexta-feira, à noite, o diretor da FPA, anunciou que a pesquisa “Democratização da Mídia” será lançada nas próximas semanas no Rio de Janeiro e Distrito Federal, além de outras regiões e locais onde seja requisitada.
Participaram também do debate, Iole Ilíada, vice-presidente da FPA, Joaquim Palhares, advogado, fundador da Agência Carta Maior e membro do Altercom, Pedro Ekman, da Coordenação Executiva do Intervozes (Coletivo Brasil de Comunicação Social), Rachel Moreno, da Rede Mulher e Mídia, Frentex e FNDC, Terezinha Vicente, da Articulação Mulher e Mídia, estudantes e pesquisadores.
PS: A Globo requisitou à assessoria da FPA o código para transmissão do evento, porém até 19h33, horário de encerramento, nenhuma menção ou imagem sobre a apresentação da pesquisa. Apenas um telefonema solicitando ajuste do áudio.
http://www.viomundo.com.br/denuncias/populacao-reconhece-que-midia-representa-os-donos-e-os-que-tem-dinheiro.html

sexta-feira, 21 de junho de 2013

O dia seguinte no país do futebol;MUDA BRASIL!!!


Alguém precisa falar mais alguma coisa???
Se existia alguma duvida sobre a antiga frase: O poder é do povo ou poder para o povo, estes dias de manifestações por todo o Brasil acaba de mostrar isto na pratica.
Agora é só começar a fazer o serviço, que não é pouco, começando pelo sistema de transporte publico de todo o país que precisa ser revisto, não só municipal. Depois é só continuar o serviço.
Agora, ou começam  e que fique bem claro, CHEGA DE REMENDOS OU MAIS MAQUIAGENS, ou pelo que deu pra perceber pelas ruas muita gente vai perder o emprego nas próximas eleições...E não custa lembrar;GOVERNEM PARA O POVO QUE OS ELEGEU E NÃO SOMENTE PARA UMA PEQUENA PARTE DA POPULAÇÃO, TRABALHEM PARA O POVO DO BRASIL E NÃO PARA OUTROS INTERESSES, OS INTERESSES DA POPULAÇÃO NÃO PODEM ESTAR ABAIXO DOS INTERESSES DA FIFA( por exemplo) QUE PARECE DAR ORDENS NO PAÍS. Vanderlei Prado













































É o que todos esperam
 Esta matéria mostra de onde parte a violencia de verdade, o povo e a policia se matando nas ruas depois é somente mais um detalhe sordido da nossa história.

Investigação do MP aponta desvios em receita de tarifa de ônibus de SP

 Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Ministério da Fazenda que apura lavagem de dinheiro, encontraram "movimentações atípicas" em dinheiro vivo de empresários ligados à companhias de ônibus que atuam na cidade de São Paulo. Segundo informações divulgadas no jornal Folha de S. Paulo deste domingo, a empresa Happy Play, que não tem um único ônibus, mas integra consórcio, recebeu R$ 4,8 milhões em depósitos em dinheiro num único ano. Por essas movimentações, as empresas e seus donos tiveram seus bens bloqueados pela Justiça, mas depois a medida foi cassada.http://noticias.terra.com.br/brasil/transito/,3a6435d26ff6f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html?fb_ref=FBRecommPluginTerra

terça-feira, 18 de junho de 2013

ONU apela para que Brasil garanta manifestações pacíficas

ONU apela para que Brasil garanta manifestações pacíficas e investigue denúncias de violência e arbitrariedade

18/06/2013 - 10h05

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília –  A Organização das Nações Unidas (ONU), por intermédio do escritório de direitos humanos da entidade, defendeu que o governo do Brasil adote as medidas necessárias para garantir a liberdade às manifestações no país. Em comunicado, o escritório recomendou a busca pelo diálogo, o fim da violência na repressão aos protestos e investigações sobre os casos de arbitrariedade.
O porta-voz do escritório de direitos humanos das Nações Unidas, Rupert Colville, elogiou a presidenta Dilma Rousseff por demonstrar compreender os anseios da sociedade. “Parabenizamos a declaração da presidenta Dilma Rousseff ao afirmar que as manifestações pacíficas são legítimas, bem como o acordo na segunda-feira [17] para que a polícia de São Paulo não use balas de borracha”, disse ele.
Porém, Colville disse estar preocupado com os relatos enviados ao escritório das Nações Unidas. Segundo ele, há relatos sobre danos, ferimentos, prisões e detenções e arbitrariedades. “Algumas organizações da sociedade civil têm também denunciado a arbitrariedade de algumas dessas detenções”, ressaltou ele, em entrevista coletiva, concedida em Genebra, na Suíça.
“Instamos todas as partes envolvidas para que se envolvam [na busca por] um diálogo aberto para encontrar soluções para o conflito e as alternativas para lidar com as demandas sociais legítimas, em como para evitar mais violência”, disse Colville.
No comunicado, a ONU diz que os protestos foram motivados pelo aumento dos preços das passagens dos transportes públicos, pelos gastos com a Copa Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio em 2016. “Com mais protestos planejados, estamos, contudo, preocupados com o uso excessivo da força policial relatada nos últimos dias, [que] não deve ser repetida”, diz o texto.
Em seguida, Colville acrescentou que: “Apelamos ao governo do Brasil a tomar todas as medidas necessárias para garantir o direito de reunião pacífica e evitar o uso desproporcional da força durante os protestos. Também solicitamos às autoridades que realizem investigações imediatas, completas, independentes e imparciais sobre o alegado uso excessivo da força”.
Edição: José Romildo
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 Protestos no Brasil repercutem na imprensa internacional


Abaixo o vandalismo e vivam os vândalos brasileiros

POR JOSÉ RIBAMAR BESSA FREIRE
1968: nota do jornal O Paiz destaca o repórter Bessa Freire em foto do Correio da Manhã 

É. É isso mesmo que você leu. Cada um defende sua tribo. Esse locutor que vos fala já foi chamado de vândalo, sofreu prisão e respondeu processo por danos ao patrimônio público, numa passeata na Rua Uruguaiana, no Rio. Mas isso foi no século passado, em 1968. Acontece que agora muitos manifestantes, que podiam ser meus netos, são presos sob a mesma acusação com ou sem culpa no cartório. Do Oiapoque ao Chuí, a mídia jura que os vândalos tomam contam do país.
"Vândalos provocam destruição em Minas", berra O Globo (27/6) em manchete de oito colunas. "Moradores improvisam 'milícia' contra vândalos no RS" – grita a Folha de S. Paulo (29/6), informando em outro título: "No Rio, 'pitboys' são suspeitos de ataques a concessionárias". Alguns apresentadores de telejornais chegam a encher a boca, saboreando cada letra da palavra.
Afinal, quem são os vândalos? Depende do momento, do lugar e de quem nomeia. Originalmente era uma tribo que falava vândalo, uma língua germânica, e que num conflito armado com o Império Romano saqueou Roma, destruindo muitas obras de arte. Por extensão, no século XVIII, na França, foram assim chamados os revolucionários que na luta contra o feudalismo e a monarquia arrasaram monumentos e prédios públicos. Na Av. Paulista, há quinze dias, vândalo era todo e qualquer manifestante que protestava pacificamente. Hoje, nas capitais brasileiras, são grupos considerados pela polícia como baderneiros.   Muito antes disso, Roma havia sido incendiada, mas não pelos vândalos. Durante dias o fogo consumiu a cidade, transformando o Templo de Júpiter num monte de cinzas. Até mesmo os que suspeitavam que o incendiário era o imperador Nero jamais usaram a palavra vândalo para designá-lo.
De Nero aos dias de hoje, ninguém que vandalizou em nome do Estado foi estigmatizado. O presidente George Bush também nunca foi chamado de vândalo, apesar de ter indignado a comunidade internacional quando comandou o saqueio no Iraque e destruiu, entre outros, o Museu de Arqueologia de Bagdá, sacrificando milhares de vidas humanas, inclusive de civis.
Wandali conquisiti
Ou seja, parece que bárbaros – como queria Montaigne – são sempre os outros, os derrotados, porque quem ganha tem o poder de nomear, de batizar, de dar nome aos bois, de classificar e de dizer quem é e quem não é vândalo. E no séc. VIII, os vândalos foram definitivamente derrotados: Wandali conquisiti sunt. Não sobrou nenhum para contar a história. Diz um provérbio da Nigéria: "Enquanto os leões não tiverem seus próprios historiadores, as histórias de caça sempre glorificarão o caçador".
Um caçador de São Paulo, governador Geraldo Alckmin, com aquela cara de babaca (desculpem baixar o nível, mas que ele tem cara de babaca tem) e o prefeito da capital, Fernando Haddad (que não tinha, mas está se esforçando pra ter)  justificaram inicialmente a repressão policial. Naquele momento, para eles, quem protestava contra o aumento do preço da passagem de ônibus era vândalo. As manifestações cresceram, o governo recuou e finalmente reconheceu que nem todo manifestante era vândalo.
No Rio de Janeiro, o governador Sérgio Cabral, com cara de Alckmin, declarou que a Polícia Civil havia identificado pelo menos cinco grupos que "vem cometendo atos de vandalismo, lesões corporais e furtos". Na lista, estão "os anarcopunks, os militantes de partidos políticos mais radicais (não mencionou quais), os brigões oriundos de torcidas de futebol, os neonazistas e os bandidos de facções criminosas". Faltou nomear mais dois grupos: a própria polícia que promoveu quebra-quebra e os revoltados, que estão putos da vida.
É o que os franceses chamam de ras-le-bol, ou seja, estar de saco cheio. As pessoas não aguentam mais engarrafamentos infernais, transporte coletivo precário, violência policial, insegurança, hospitais recém-inaugurados que não funcionam ou que desabam como no Ceará, estádios caindo como o Engenhão, obras superfaturadas, serviços de saúde e educação que atentam contra a dignidade humana, justiça lenta, enfim a impunidade dos vândalos de colarinho branco. Desconfiam do governo, do judiciário, do congresso, dos partidos políticos e não consideram as oposições alternativa de poder.
Alguns colunistas, assustados, de um lado com a rejeição aos partidos políticos e de outro com o quebra-quebra, tacharam esses manifestantes de vândalos, neonazistas, radicalóides sociopatas, pitboys de passeata ou, como quer Arnaldo Jabor, "vagabundos, punks e marginais que se aproveitam sabendo que a polícia não pode matar". Não querem entender que as manifestações são sintomas da crise de representatividade na qual está mergulhado o país.
As evidências apontam muita gente boa entre os que inicialmente promoveram o quebra-quebra e que simplesmente estavam emputecidos. Usaram o modelo de linguagem da própria polícia que espalha terror e medo em comunidades carentes, como vem fazendo, no Rio, o Batalhão de Operações Especiais, que quebra, mata, esfola e saqueia.
Fioforum infra
Tem forte carga simbólica o fato de que a violência tenha atingido ônibus, pontos de ônibus, relógios públicos, radares, semáforos e equipamentos de apoio ao tráfego que foram destruídos, assim como alguns monumentos e prédios públicos pichados e depredados. Não se trata de defender o vandalismo, porque quem vai pagar a conta somos todos nós, mas de buscar as razões que levam pessoas a manifestarem assim sua indignação.
No século XIX, condições subumanas de trabalho, jornadas prolongadas, salários miseráveis, levaram trabalhadores ingleses da indústria nascente, entre eles mulheres e crianças, a destruírem máquinas e equipamentos industriais, num movimento que ficou conhecido como ludismo em referência a Ned Ludlam, líder do movimento. Karl Marx, que criticou o quebra-quebra, buscou ver a semente revolucionária que ele continha e que foi canalizado para a reivindicação de reformas sociais e políticas e acabou originando novos métodos de luta, com o fortalecimento dos sindicatos.
Esses movimentos sempre trazem mudanças. As cinco pessoas assassinadas no Morro do Borel é que deram origem, em 2004, à Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência, que está convocando agora uma manifestação pacífica neste domingo, durante a final da Copa das Confederações.
- É muito difícil organizar uma manifestação pacífica na rua, no Brasil, porque o Estado é violento", disse à Folha Caio Martins, 19 anos, estudante de Historia da USP, que milita no Movimento Passe Livre (MPL) desde 2011. Ele condenou a polícia que na primeira passeata pacífica lançou uma bomba de efeito moral decepando um dos dedos de uma manifestante.
É evidente que ninguém pode aceitar a destruição do patrimônio ou a agressão às pessoas, sejam elas promovidas pela polícia ou por manifestantes. No entanto, muitas vezes, o aparelho policial busca bode expiatório. Em 1968, num primeiro momento, fui acusado de ter incendiado uma viatura na Rua Uruguaiana. No final, acabaram me processando por haver rasgado a farda de um policial. Nenhuma das acusações era verdadeira.
Quando a Polícia pediu ajuda ao MPL para identificar os vândalos, seus integrantes se recusaram. Poderiam muito bem, reconhecendo que Wandali conquisiti sunt, citar um dos reis vândalos, não sei se Hilderico ou Gunderico: "Fioforum plus infra est", ou como diria Cícero no senado romano:  "O buraco é mais embaixo".
Abaixo o vandalismo!  Vivam os vândalos!

domingo, 2 de junho de 2013

Aprovado projeto que permite o trabalho de artistas de rua em São Paulo

Imagens da era Kassabianamonolitica que espero que fique no passado

Depois de muita luta,( nós do artesanato começamos pela Câmara Municipal em 2003 o que resultou no PL 799/05 que ainda não foi aprovado mas já passou por todas as comissões) foi aprovado na Câmara Municipal o PL 489/2011 este com o trabalho dos artistas de rua de SP. Depois de muita perseguição humilhação, parece que artistas de rua e também artesãos, porque segundo o projeto esta permitido também a venda de artesanatos desde que de autoria do expositor, vão poder "respirar" em SP. Acredito que agora artistas e artesãos tem uma ótima ferramenta para melhorar a qualidade e forma de trabalhar nas ruas. Pode haver problemas, quanto a diversas questões que envolvem a classe, mas com o PL aprovado, os detalhes podem ser discutidos tranquilamente com a Prefeitura. Agora vamos a pratica e para a outra etapa que é ver a lei sendo cumprida. Com esta atitude a Câmara Municipal deu um sinal positivo para a questão da cultura de rua em SP e Haddad assinando demonstrou a sua capacidade para entender a cidade, muito diferente da terrível era Kassab. É isto, Arte na Rua porque se queremos uma sociedade melhor, temos que pensar na educação, cultura de diversos tipos e para todos e na capacidade que estas coisas juntas tem de gerar renda e assim colaborar pra diminuir a violência social. Vanderlei Prado





A feirinha da Teodoro Sampaio que ainda estamos tentando legalizar









terça-feira, 5 de março de 2013

Mídia brasileira ainda reflete a elite escravagista

Laurindo, no Los Angeles Times: Mídia brasileira ainda reflete a elite escravagista

 


Dilma Rousseff, do Brasil, é popular, mas não na mídia
Jornais e emissoras de TV ricas e poderosas tem sido críticas de presidente esquerdista apesar dela não se envolver nos negócios deles
By Vincent Bevins, Los Angeles Times, sugerido pela Guta Nascimento
March 3, 2013, 6:36 p.m.
SAO PAULO, Brazil — Quando o presidente esquerdista João Goulart foi deposto pelos militares brasileiros em 1964, a grande mídia da Nação, controlada por algumas famílias ricas, celebrou.
Mas durante a ditadura de 21 anos que se seguiu, o governo censurou os jornais e as emissoras de TV operadas pelas famílias [1].
Agora as coisas são diferentes. Desde 2003, o Brasil tem sido governado pelo esquerdista Partido dos Trabalhadores, conhecido como PT, que não se envolveu com a mídia.
Mas as publicações e emissoras de TV, ainda controladas pelas mesmas famílias, tem sido críticas do partido, apesar da aprovação pública da presidente Dilma Rousseff chegar a 78%. Nenhuma grande publicação dá apoio a ela, com alguns jornais e revistas particulamente duros em suas críticas.
“É uma situação extremamente única no Brasil ter um governo tão popular sem que haja um grande meio que o apoie ou represente o ponto-de-vista de esquerda”, diz Laurindo Leal Filho, um especialista em mídia da Universidade de São Paulo.
A oposição ao Partido dos Trabalhadores existe desde que o ex-metalúrgico Luiz Inacio Lula da Silva, que já foi preso pela ditadura, foi eleito presidente em 2002. Lula rapidamente se moveu para o centro e se acomodou com as elites empresariais e na década seguinte viu um boom econômico no qual 40 milhões de pessoas sairam da pobreza.
“A sociedade brasileira foi baseada na escravidão por mais de 300 anos e quase sempre foi governada pela mesma classe social”, diz Leal Filho. “Algumas partes da classe alta aprenderam a conviver com outras partes da sociedade previamente excluídas… mas a mídia ainda reflete os valores da velha elite, com algumas poucas exceções”.
A mídia foi amplamente elogiada por duras investigações de corrupção que levaram à substituição de oito ministros do governo Rousseff e 25 autoridades de alto escalão foram sentenciadas por um escândalo de compra de votos do governo Lula. Mas apoiadores do governo dizem que a mídia presta menos atenção à corrupção quando envolve outros partidos políticos.
Os Repórteres Sem Fronteiras recentemente divulgaram um relatório criticando a concentração da mídia no Brasil e recomendando uma reforma nas leis da mídia. Mas ao contrário do que tem acontecido na América Latina, onde governos batalham abertamente contra os críticos da mídia privada, o governo brasileiro adotou uma postura relaxada.
Mesmo se houvesse um esforço neste sentido, seria politicamente impossível, dizem analistas. O relatório do Repórteres Sem Fronteiras detalha as relações próximas entre partes da mídia e membros do Congresso, alguns dos quais inclusive votam sobre concessões das quais são proprietários, especialmente fora das grandes cidades. Para governar o país, Rousseff precisa navegar nas águas complicadas do sistema parlamentar brasileiro e trabalha com mais de 20 outros partidos.
“É um infortúnio, mas para governar este país você precisa de alianças”, diz Mino Carta, editor de CartaCapital, a única publicação que apoia o governo. Vende 60 mil cópias por semana num país de quase 200 milhões de habitantes. Enquanto isso, Rousseff, que foi torturada pela ditadura por suas atividades esquerdistas nos anos 70, tem recebido as críticas da mídia naturalmente, reafirmando periodicamente sua crença na liberdade de expressão.[2]
Tentar construir um órgão de mídia que apresente um ponto-de-vista diferente seria extremamente difícil, diz Carta, por causa da necessidade de verbas publicitárias.[3]
“Seria um objetivo de longo prazo a ser atingido lentamente”, diz o septuagenário nascido na Itália.
A maior parte dos chefes da mídia brasileira dizem que seu jornalismo é neutro e objetivo.
Sergio Davila, editor da Folha de São Paulo, o jornal brasileiro de maior circulação, diz que “quando Fernando Henrique Cardoso estava no poder, seu partido, o PSDB, dizia que éramos do contra e pró-PT”.
Davila aponta para uma reportagem do jornal que mostrou a compra de votos que garantiu a reeleição de Cardoso. “Agora vemos o outro lado da moeda”.[4]
Mas muitos apoiadores do PT enxergam os grandes jornais, inclusive a Folha e o Estado de São Paulo, como anti-Rousseff, assim como a rede de TV e os jornais do dominante grupo Globo.
“A grande mídia sempre defendeu interesses poderosos”, diz Jose Everaldo da Silva, um trabalhador portuário aposentado da região Nordeste, tradicionalmente pobre, que se beneficiou especialmente do governo do PT. “Todos se lembram do que a Globo fez na primeira eleição do Lula”.
Quando Lula primeiro concorreu à presidência em 1989, a TV Globo editou fortemente o debate final com Fernando Collor de Mello, dando a Lula menos tempo e mostrando os melhores momentos de Collor.[5]
As urnas foram favoráveis a Collor, que foi eleito e sofreu impeachment por corrupção.
O episódio foi um dos temas do documentário britânico “Além do Cidadão Kane”.
A Globo mais tarde admitiu ter cometido um erro mas nega ser tendenciosa. “A Globo é absolutamente não partidária. Não opina sobre governos e busca neutralidade em seus programas”, diz um porta-voz. [6]
As estações de TV são relativamente moderadas e fontes mais importantes de notícias que a mídia impressa para brasileiros, muitos dos quais não lêem jornais ou revistas, diz David Fleischer, um cientista político da Universidade de Brasília.
“As estações de TV não atacam [Rousseff] como a imprensa faz”, diz Fleischer.
Em contraste com o que acontece no mundo, o impresso está crescendo no Brasil, com aumento da alfabetização e do consumo. A circulação da Folha cresceu 2% no impresso e 300% online no ano passado.[7]
“Mais diversidade na mídia seria bom para o país”, diz Davila, “Não sei porque não está acontecendo”. [8]
No momento, nem Rousseff nem o trabalhador portuário aposentado [Lula] Da Silva parecem preocupados.
“Todo mundo que viaja por aqui vê claramente que o Brasil mudou. A Globo distorce a verdade, sim. Mas não é tanto assim. Quem se preocupa? Eles podem dizer o que quiserem”, diz [Lula] Da Silva numa entrevista telefônica, e cai na gargalhada. “Neste momento, na verdade, estou assistindo a Globo”.
PSs do Viomundo:
[1] Alguém precisa mandar ao Vincent Bevins, do Los Angeles Times, uma cópia do livro Cães de Guarda, da Beatriz Kushnir, que demonstra que os donos da grande mídia se beneficiaram econômica e politicamente da ditadura militar. Tiveram relações carnais com os ditadores. Não por acaso, o empresário do ramo que se opôs ao golpe faliu.
[2] Não consta que os críticos da mídia brasileira queiram limitar a liberdade de expressão. Pelo contrário, querem liberdade de expressão para além de meia dúzia de famílias.
[3] O nó brasileiro é nó de marinheiro: Globo-BV-agências publicitárias-deputados e senadores concessionários. Concentração de verbas e de poder. Simples assim.
[4] A Folha é aquele jornal que publicou uma ficha falsa da Dilma em plena campanha eleitoral. Na primeira página. Um horror. E que teria exilado o autor da reportagem da compra de votos do FHC, para “dar um tempo”.
[5] Não apenas. A Globo colocou entrevista no Jornal Nacional com a ex-namorada Miriam Cordeiro, que acusava Lula de ter tentado abortar a filha, além de fazer declarações racistas. Isso na semana da eleição. Depois a entrevista foi para a propaganda eleitoral de Collor. A famosa edição do debate foi seguida por uma pesquisa de opinião mostrando que Collor era “o mais preparado”. Para dar um ar de hiper-Macondo à situação, em seguida vem o Alexandre Garcia concluindo que a Globo tinha cumprido seu papel de forma isenta no processo eleitoral. Sem falar no editorial de O Globo – jornal do grupo que mais tarde exilaria a namorada de Fernando Henrique Cardoso na Espanha — dizendo que a população tinha “O Direito de Saber” em relação às acusações pessoais de Miriam contra Lula. Ah, sim, os eleitores não tiveram o direito de saber sobre FHC e Miriam Dutra durante uns 18 anos…
[6] A Globo não transforma bolinhas de papel em mísseis Exocet.
[7] Desde a famosa carta do Rodrigo Vianna, o que cresce 1.000% anualmente no Brasil é o número de pessoas capazes de perceber as grosseiras omissões e manipulações midiáticas, como — lembram-se? — no recente apagão elétrico que devastou o governo Dilma.
[8] Eu sei, Sergio Davila. Não acontece porque todas as tentativas de desconcentrar a mídia são deliberadamente confundidas com tentativas de limitar a liberdade de expressão. Inclusive pela Folha. Mídia concentrada dá mais poder aos barões proprietários, inclusive de definir a agenda política, assassinar o caráter de adversários e extrair concessões governamentais.
http://www.viomundo.com.br/denuncias/laurindo-no-los-angeles-times-midia-brasileira-ainda-reflete-a-elite-escravagista.html 

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Tá intendendu” O povo fala, mas o Governo nunca escuta.



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O povo Brasileiro, de varias classes sociais, profissões e culturas diferentes, protesta, fala, sabe o que esta errado, mas por outro lado temos um Governo, uma instituição cara custeada pelo esforço deste mesmo povo, que nunca escuta. Como vai escutar com salários de mais de $ 20.000 por mês, fora ajuda pra gasolina, moradia, ao contrario da população que acorda as 4hs e só consegue chegar de volta lá pelas 10 hs, pra dormir e no outro dia fazer tudo novamente tendo que além de tudo pagar um transporte caro, se espremer e correr riscos pra prosseguir na sua jornada.
Agora mesmo temos um exemplo descarado de que temos um Governo que não representa o povo que votou nele; Mais de 1.000.000 de assinaturas dizendo que Renan não tem condições de ser Presidente do Senado, representar este mesmo povo e eles não levaram as assinaturas a sério, porque além de terem votado em Renan para Presidente do Senado, não tiveram a coragem pra fazer algo baseado nas assinaturas.
Piauí, o Rapaz do vídeo é só mais um cidadão falando a verdade como tantos falaram e estão falando pelo Brasil afora.
Um país onde Governo e povo se tornaram coisas opostas; Senhores e escravos.
Como levar um país deste a serio quando seus governantes que ganham uma fortuna acham normal um cidadão viver com o salario minimo de pouco mais de $ 600; Estão dizendo pra este cidadão que ele tem que se virar pra complementar esta renda, virar camelô por exemplo pra depois ter que correr da policia nas ruas, mandada por este mesmo governo. Quando o cidadão fizer algo mais sério eles o colocam nas cadeias superlotadas,  fabrica de marginais.
E por falar em cadeia no Brasil, tem gente cumprindo pena por ter roubado algo pra comer no supermercado enquanto que muita gente"boa" condenada a mais de 20 anos esta cumprindo a pena em liberdade. Ou seja este deveria ser o simbolo da justiça no Brasil; $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Arte nas Ruas.


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Arte na Rua!
Porque as pessoas precisam de lugares, “oásis”, na cidade ocupados por artesanato, musica, poesia, para que possam descansar, mesmo que seja por pouco tempo, da sua rotina  diária e conhecer outras formas de arte.
Arte na Rua!
Porque é na rua que a “ coisa” acontece, e as pessoas que fazem arte popular, precisam deste espaço pra sobreviver daquilo que produz.
Na verdade são os loucos das ruas que fazem a coisa acontecer nas cidades pelo mundo, porque eles tem histórias e algo pra oferecer.
A arte estabelecida, muitas vezes enjaulada, domesticada e burguesa nega de inicio este movimento, mas depois acaba fazendo uso dela, pena que a grande maioria dos artistas de rua não conseguem viver tão bem da sua arte como alguns operários da arte estabelecida.Vanderlei Prado.

















Montagem com fotos da feirinha da Teodoro/trechos de video da Rua Augusta antiga e video; TV Augusta-# Street Art(https://www.youtube.com/watch?v=5stmniBjbQE)
Musica: coro/Linux Multimedia Studio( Vanderlei) e parodia de Breaking All The Rules
Peter Frampton da Banda Estação 13; Eduardo : vocal e guitarra
Sérgio: Guitarra e vocal)
Mazinho: baixo
Geraldo: Bateria
Part. especial: Alberto- Japonês (som)
São Paulo teve muitas bandas boas dos anos 80 que não chegaram a ter o seu lugar na midia, Estação 13 é uma destas boas bandas de SP.

"Quebrando Todas As Regras
Nós somos o povo, todo mundo
Da salvação até a queda
Da batalha e do calor
Para o nosso triunfo e derrota"
 Artistas de rua/ Stand By Me

  Entrevista da Rita Lee na Globo em 2009 https://www.youtube.com/watch?v=EXLb4SLvLEg https://www.youtube.com/watch?v=tdSWaYRexeU   https://...